Resenha: Queimada Viva.

24 maio 2012



Por Bel Farias (Twitter @Bel_Larie)




Queimada Viva é um livro extremamente chocante. No entanto, não chegou a me levar as lágrimas, coisa comum que ocorre na maioria das leituras que eu faço. Esse livro é triste sim, mas ele tem um impacto diferente; Mistura revolta, compaixão, tristeza, agonia, compreensão quanto as resistências em lutar pelos próprios direitos humanos que meninas/mulheres como a Souad apresentam.
O livro é pequeno, de apenas 240 páginas, e a leitura é extremamente fácil e tem um efeito psicológico avassalador. Impossível ler e não se comover e sentir até uma certa revolta.
Apesar da maldade, ignorância e violência mostrada de forma tão crua, Queimada viva soa como um grito de desespero e merece a nossa atenção. É um apelo contra o silêncio que cobre o sofrimento e a morte de milhares de mulheres em todo o mundo (inclusive o nosso Brasil) e não apenas o mundo islâmico.
Guardo-o com carinho, como um dos melhores que eu já li.



Livro - Queimada Viva


A cada ano, pelo menos cinco mil mulheres são assassinadas por ter traído a honra de suas famílias. Este caso é o testemunho de uma sobrevivente. Souad estava condenada. Porque nasceu num povoado da Cisjordânia onde se conservavam os costumes ancestrais, acreditou estar apaixonada e confiou nas promessas de um homem, concebeu um filho sem estar casada e desonrou sua família e seu povo. Por isso seu cunhado foi escolhido para aplicar a sentença - ela deveria ser queimada viva. Souad salvou-se graças à ajuda de uma mulher que trabalha em uma organização humanitária. E decidiu escrever sobre todos aqueles que ameaçavam sua vida para denunciar ao mundo a prática dessa barbárie.

Autora: Souad
Editora: Planeta Brasil
Páginas: 240
Ano: 2004
Edição: 1

Um comentário :

  1. Rayme Arenhart Datsch01 junho, 2012

    noooooooossa, ainda não tinha ouvido falar neste livro, mas deve ser muito bom!
    a capa é bem chocante!

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